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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

DESIGUALDADES: FONTE DO ISOLAMENTO SOCIAL



1. ORIENTAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS.
A importância do ensino de Sociologia no Ensino Médio e no Técnico-profissionalizante é propor aos estudantes que não aprendam somente a serem “apertadores de parafusos”, ou seja, a não pensar, a não saber pensar e a não ter consciência de sua cidadania. Quando uma escola ou curso profissionalizante exclui as ciências sociais, está contribuindo para separar os homens de consciência (que sabem mais) daqueles sem consciência (que sabem menos) e, estaremos impedindo um grande número de jovens de ter um ensino de qualidade, elitizando desta forma o acesso a Universidade, fazendo com que a maioria dos jovens fique apenas com a função de “apertar parafusos” (Tempos Modernos, Chaplin). A tarefa da Sociologia é fazer com que os estudantes tenham consciência de seus direitos e deveres, e, que não sejam uma massa manobrável da ideologia das elites capitalistas. É contribuir para que o jovem construa o seu lugar na sociedade, de forma consciente, crítica e participativa.

A) OBJETIVOS GERAIS
· Compreender a importância da Sociologia em demonstrar o caminho da liberdade intelectual e racional do aluno.
· Entender as teorias sociológicas clássicas a partir do contexto histórico em que viveram e das biografias de seus teóricos: Max Weber (compreensiva), Karl Marx (científica) e Durkheim (funcionalista).
· Explicar os acontecimentos sociais contemporâneos do ponto de vista das teorias clássicas.

B) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Partir das definições de contatos sociais para permitir ao aluno uma idéia prévia de isolamento social.
Fazer com que o aluno entenda que as atitudes de ordem social envolvem vários tipos de preconceito (racial, religioso, social, etc.) que estão diretamente ligadas ao isolamento social.
Compreender que uma das formas mais desumanas do mundo de impor isolamento social é a discriminação racial ou social.
Enfatizar as atitudes de ordem individual que reforçam o isolamento social segundo Karl Mannheim.
Explicar o isolamento social do ponto de vista das teorias clássicas da sociologia (compreensiva, científica, funcionalista).

C) O QUE ENSINAR?
Entender o funcionamento das estruturas sociais a partir do isolamento que sociedades impõem a certos grupos que fazem parte da mesma. As teorias funcionalistas mostram como as estruturas sociais mantêm ou enfraquecem o equilíbrio social, e que o isolamento social (em certos casos) será necessário para manter a ordem e os valores sociais no seu devido lugar. Durkheim enfatiza que o restabelecimento do equilíbrio social é o melhor caminho para resolver os problemas da sociedade. Trabalhar o isolamento social do ponto de vista funcionalista é buscar soluções para enfrentar esse “desequilíbrio social”.
Há muitos exemplos de se trabalhar o isolamento com base nas atitudes sociais. Um exemplo histórico é o anti-semitismo, voltada contra os judeus na Alemanha nazista, o apartheid, na África do Sul é um outro exemplo para se trabalhar dentro de isolamento social temas como preconceito e desigualdade (racial, sócial, etc.). Uma atitude de ordem individual que reforça o isolamento social é a timidez. Segundo Karl Mnnheim (de tendências compreensivas) o preconceito e a desconfiança podem levar o indivíduo a um isolamento semelhante ao dos deficientes físicos quando seus portadores são segregados dentro do seu próprio grupo primário, isso porque o tímido tem dificuldades de se comunicar e de afinidade, o que o deixa à margem da sociedade.
Mostrar as evidências históricas que mostram que a cultura humana esteve sempre intimamente ligada, desde os seus primórdios, à idéia da descriminação entre os grupos sociais. Mesmo nas organizações sociais mais homogêneas e simples existiam diferenças de sexo e idade atribuindo aos grupos assim discriminados funções diferentes. O processo histórico tem revelado como tendência marcante a diferenciação e a crescente complexidade da sociedade. O mundo contemporâneo assistiu ao resultado desse longo processo histórico de formação de uma civilização complexa e diferenciada, na qual os diversos grupos procuram conquistarem direitos ou manter privilégios e as possibilidades de acesso à produção de bens e aos mecanismos de distribuição desses bens na sociedade (marxismo).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRYM, Robert – Sociologia: Uma Bússola para o novo mundo, São Paulo, Thompson Learning, 2006.
COSTA, Maria Cristina Castilho – Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade, 3ª ed., Moderna, São Paulo, 2005.
OLIVEIRA, Luiz Fernando de – Sociologia para jovens do Século XXI, Imperial Novo Milênio, Rio de Janeiro, 2007.OLIVEIRA, Pérsio Santos – Introdução à Sociologia, 25ª ed., ed. Ática, São Paulo, 2004.

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