O NASSAU DO SERTÃO
Ele aceitou um desafio
Fez-se pader em cinco-cinco
Rompeu mares a fio
Em direção ao Brasil
Numa viagem de navio
III
O eterno Diretor
Que fez lá no CEOB
Uma usina de talentos
Na cultura, no lazer,
No handebol de Zina
No vestibular do saber
V
Engenheiros e Padres
Também alguns doutores
Dali saíram do forno
Pelas mãos dos professores
Ele incenticou todos
VII
Ouvindo todo o pulsa
De um coração solitário
Arranjou recursos fora
Pro Centro Comunitário
E mobilizou o povo
No amor revolucionário
VIII
Construiu o castelinho
E o centro de desportos
Fez a casa do ancião
Para os idosos um Porto
Onde à fraternidade
Adubou um novo horto
IX
Foi Padre na rua Velha
Da Matriz da Conceição
Era quando o mês de maio
Tinha fogo de animação
No altar todo o encanto
Novena, pífano e balão
X
No ano de oitenta e três
Pro coração de Jesus
Transferiu-se de Paróquia
Continuou a fazer jus
No prazer de servir
Carregando a sua cruz...
XI
Virtude e defeito,
Qual ser humano não tem?
E como qualquer homem
Christiano também tem
Quem conhece, diz: é teimoso,
E meio ranzinza também...
XII
Por divulgar a boa-nova
E a pregação humanitária
Os poderosos calaram
A Rádio Comunitária
Mas, "em Sertânia a voz do Padre
Não ecoa solitária..."
XIII
"Bem-aventurado quando
Vos perseguirem por causa,
Da verdede e da justiça"
A bíblia faz essa pausa
Pra abençoar quem enfrenta
Empurrão, grito ou mausa
XIV
Eita Padre corajoso!
Desafia a prepotência
Lutou por Ronaldo Elesbão
Mesmo com as diferenças
Defendeu D. Onilda
Das garras da truculência
XV
No seu jubileu de ouro
Em Sertânia foi festão
Veio Padre de todo canto
E bispo da região
Festa bonita é assim
Com santo e procissão
XVI
Continuará pregando
Mudança na estrutura
E que se busque água
Não importando a fundura
Há de jorrar leite e mel
Num engenho de fartura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário